Segundo João Paulo Siqueira, 19 anos, o acidente foi repentino. “Estávamos caminhando pela área e ouvimos um barulho muito alto. Crianças estavam jogadas no local, o pessoal bastante machucado. Não sabemos se ele estava realmente bêbado, mas parece que perdeu a direção. Não sabemos do estado de um bebê atropelado. Foi muito susto mesmo. O que estão falando é que ele saiu acompanhado da polícia, mas não vimos.”
O camelô Almir de Oliveira, 50 anos, amigo de uma das vítimas, reiterou que o acidente aconteceu de repente. “O carro invadiu a calçada de repente. Dizem que o motorista não estava bem”, afirmou.
“Duas crianças e um bebê foram atingidos e me parece que quebraram a perna. Com o bebê não aconteceu nada. Me pareceu que quatro pessoas estavam em estado grave. O carro atingiu pessoas na calçada direto”, disse Fiorella Mollinedo, filha de dono de um quiosque local.
A professora Irma Dornellas, 61 anos, reclamou da demora no atendimento às vítimas. “Moro aqui em frente e estou revoltada com o tempo que as ambulâncias demoraram para retirar até o último acidentado. Retiraram o último acidentado duas horas depois. Tem que acontecer uma tragédia dessa para o governo ver isso? Pedi que levassem uma moça gemendo de dor, uma das últimas a ser levadas para o hospital. Se fosse um caso mais grave, as pessoas tinham morrido”, desabafou.
“Só ouvi um barulho e me joguei na areia, saindo da praia. Foi muito rápido. O carro atingiu minha perna, levemente. Minha esposa torceu o joelho. Ele parece que não foi fechado. Eu imagino que parece um carro automático, que o motorista perdeu o controle”, disse o servidor público Sérgio Serpa, 52 anos, que ficou levemente ferido.
Segundo o Corpo de Bombeiros, que atuou no local, a corporação foi acionada às 20h40 para a ocorrência no Posto 4. Ainda não há informações sobre o estado de saúde das vítimas, que foram encaminhadas para os hospitais municipais Miguel Couto, na Gávea, e Souza Aguiar, no Centro. O prefeito Marcelo Crivella seguiu para o Miguel Couto, onde estão 12 feridos. A Polícia Militar e a Guarda Municipal também participaram a operação. Por causa do acidente, o Centro de Operação da Prefeitura (COR) interditou duas faixas da Avenida Atlântica, no sentido Leme, para atendimento às vítimas do atropelamento. O trânsito apresentou retenções no trecho.
Reportagem de Gustavo Ribeiro, Bruna Fantti e da estagiária Luana Benedito, sob supervisão de Thiago Antunes
O Dia