As inscrições de novos candidatos nos programas Vale Universidade e Vale Universidade Indígena serão abertas em 15 de fevereiro. A data foi confirmada na tarde desta terça-feira (16) pela governadora em exercício, Rose Modesto (PSDB), durante solenidade para lançamento do programa na Governadoria. Serão oferecidas, no total, 850 vagas nos dois programas, em dois processos seletivos diferenciados.
No processo de verão, a ser aberto em fevereiro, serão oferecidas 550 vagas no total, sendo 400 para o Vale Universidade e 150 para a modalidade voltadas aos indígenas. Entre junho e julho será lançado o processo de inverno, com outras 300 vagas.
O governo estadual não detalhou o número de instituições de ensino superior que participam do Vale Universidade. Em Campo Grande, a Estácio de Sá oficializou nesta tarde a parceria com os programas –Anhanguera, Uniderp, Facsul, Unigran, UCDB, UFMS e Uems já ofereciam vagas.
“O Vale Universidade representa uma oportunidade de conclusão do curso superior, o sonho de muitos jovens que não possuem recursos suficientes”, afirmou Rose. A governadora em exercício declarou que o governo estadual realizou um processo de reorganização financeira que permitisse a manutenção do número de vagas oferecidas em 2017.
Rose afirma que reorganização feita pelo governo garantiu manutenção do número de vagas no programa.
Rose afirma que reorganização feita pelo governo garantiu manutenção do número de vagas no programa.
O programa é gerido pela Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho). A titular da pasta, Elisa Cleia Pinheiro Rodrigues Nobre, considera que o Vale Universidade “tem elevado o patamar do ensino em Mato Grosso do Sul, colocando os alunos em locais privilegiados no mercado de trabalho. Esta é a principal essência do Vale Universidade”.
Regras – Criados em 2009, os programas preveem que o governo do Estado pague 70% dos estudos dos seus beneficiados. A universidade parceira arca com 20% das despesas, cabendo ao aluno os 10% restantes. Como contrapartida, o estudante deve cumprir estágio durante todo o período –em jornada de 20 horas semanais para o Vale Universidade e 12 horas semanais para o Vale Universidade Indígena.
Para a concessão do benefício, o estudante deve ter renda familiar de até R$ 2.896 (ou R$ 1.448 individual). Ele também precisa estar matriculado em uma instituição de ensino superior, ter frequência mínima de 80% e não pode ter histórico de reprovação. Os programas são voltados para a primeira graduação, assim, os candidatos não podem ter diploma de nível superior.
O Vale Universidade é restrito a um beneficiário por família –pais e irmãos do aluno atendido não terão direito às bolsas. Já o Vale Universidade Indígena admite que até três membros do mesmo grupo familiar tenham acesso ao programa.
Elisa Nobre reforça que programas elevaram o patamar do ensino no Estado.
Elisa Nobre reforça que programas “elevaram o patamar” do ensino no Estado.
Neste ano, as vagas abertas são todas remanescentes. O programa contemplará primeiro os alunos que já participaram dos programas. Em caso de desistência de algum candidato, outras pessoas poderão ser beneficiadas.
Etapas – Os editais prevendo as regras para ingresso no Vale Universidade e no Vale Universidade Indígena serão publicados nesta quarta-feira (17) no Diário Oficial do Estado. A segunda fase da seleção começa em 15 de fevereiro, com o início das inscrições. Um site será disponibilizado pelo governo estadual para o processo.
A lista de inscritos passará por análise de um grupo de trabalho formado por servidores estaduais e técnicos das universidades, que vão homologar os pré-habilitados. Vinte dias depois dessa fase, serão realizadas as entrevistas presenciais. Depois de 15 dias, devem ser publicadas as listas finais dos selecionados. O ingresso dos alunos nas instituições de ensino por meio dos programas começará em 16 de abril. Campo Grande News