Rio – O escritor e jornalista Carlos Heitor Cony morreu na noite de sexta-feira vítima de falência múltipla de órgãos. Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), ele estava com 91 anos. Cony estava internado no Hospital Samaritano no Rio e sua morte foi confirmada pela Companhia das Letras, editora que atualmente lançava seus livros.
Membro da Academia Brasileira de Letras, Carlos Heitor Cony nasceu no Rio em 1926. Sua estreia na literatura se deu com os romances A Verdade de Cada Dia e Tijolo de Segurança. Lançados em 1957 e 1958, os dois livros receberam o Prêmio Manuel Antônio de Almeida – abrindo uma carreira de distinções literárias que mais tarde incluiriam o Prêmio Jabuti (em 1996, 1998 e 2000) e o Prêmio Machado de Assis, em 1996, pelo conjunto da obra, além da comenda de Artes e Letras concedida em 2008 pelo governo francês
Antes da estreia na ficção, ele iniciara a vida profissional como jornalista – função que nunca abandonaria. Em 1952, entrou para o Jornal do Brasil e mais tarde foi redator do Correio da Manhã. Foi preso diversas vezes durante a ditadura militar. E, em 2004, o Ministério da Justiça concedeu a ele uma pensão vitalícia de R$ 23 mil, valor correspondente ao salário que receberia como redator-chefe de uma publicação. Após deixar o Correio da Manhã, entrou para a Manchete, onde atuou também no departamento de teledramaturgia, participando de projetos como as novelas A Marquesa de Santos e Dona Beija. O Dia