Negra: essa é a cor do analfabetismo em Mato Grosso do Sul. O número de negros que não sabem ler e escrever é praticamente o dobro da quantidade de brancos na mesma condição. A diferença é de 91%. Do total de analfabetos no Estado, 65% são negros.
Do total de analfabetos de Mato Grosso do Sul, 109.586 (65%) eram pretos ou pardos (nos termos do IBGE) e 57.323 (34%), brancos. Com essa diferença, a quantidade de negros analfabetos era, em Mato Grosso do Sul, 91% superior a de brancos em igual situação.
Os negros também têm menos tempo em instituições de ensino que os brancos. Dos 831.711 sul-mato-grossenses com 11 anos ou mais de estudo, 41.867 são brancos e 396.576, pretos ou pardos.
A desigualdade é mais acentuada em se tratando de pessoas com Ensino Superior. De acordo com o IBGE, 245.248 sul-mato-grossenses têm alguma faculdade. Desse total, 145.674 são brancos e 91.862 são negros. O número de brancos com curso superior é 58% maior que o de pretos ou pardos.
Sexo – Homens e mulheres vivenciam situação paradoxal: elas representam maior número de pessoas sem instrução, mas também são as que têm mais tempo de estudo e algum curso superior.
Em 2016, do total de sul-mato-grossenses sem nenhuma instrução, 81.605 eram homens e 86.996, mulheres. Por outro lado, das pessoas com mais tempo de estudo (11 anos ou mais) no ano passado, 466.494 eram mulheres e 365.217, homens.
Elas também representam parcela maior que eles entre os sul-mato-grossenses que concluíram alguma faculdade. São 148.263 mulheres com curso superior e 96.986 homens com mesmo nível de escolaridade. Campo Grande News