Suspeito de estuprar meninos em condomínio usava senha do Wi-Fi como ‘isca’

Investigações da Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) coordenadas pelo delegado Fábio Sampaio apontam pelo menos oito vítimas abusadas sexualmente por um morador de um residencial de Campo Grande. Um dos ‘atrativos’ usado pelo suspeito era a disponibilização da senha do wi-fi para os adolescentes.

Segundo Sampaio, os resultados de exames periciais de duas vítimas ainda não ficaram prontos, mas investigações e relatos adquiridos pelo setor psicossocial são suficientes para comprovação do crime.

Outras seis vítimas já foram identificadas por meio de testemunhas e relatos de vítima, e os pais intimados a apresentaram os filhos na delegacia. A vítimas têm entre 12 e 17 anos.

Além do dinheiro, doces e jogos eletrônicos, o suspeito conhecido como ‘Tio Zé’ disponibilizada a senha do Wi-Fi para se aproximar e manter as vítimas por perto.

Em princípio, o suspeito será indiciado por dois estupros de vulnerável, mas se ficar comprovado que ele tenha oferecido algum “presente” ou valor em dinheiro em troca de abuso sexual a adolescentes maiores de 14 anos também será indiciado por favorecimento a prostituição. Como se tratam de diversas vítimas, a polícia civil instaurou diversos inquéritos.

Um advogado já se apresentou na delegacia como representante do suspeito. O defensor que teria explicado à polícia que o cliente deve se apresentar, mas teme a integridade física.

Caso

As denúncias de abuso vieram à tona depois que moradores desconfiaram da atitude de um morador – flagrado entregando dinheiro a uma das vítimas – e decidiram perguntar o motivo. Em áudio, gravado pelos próprios vizinhos, um menino, de apenas 12 anos, revela que era abusado em troca de dinheiro, há aproximadamente um ano.

Na gravação, o garoto divulga o nome de outras vítimas que também recebem dinheiro e podem ter sido abusadas. O Jornal Midiamax conversou com a mãe de uma das vítimas citadas no áudio, que informou que a primeira denúncia foi feita ao disque 100 na última segunda-feira, 9 de outubro. Na ligação, a mulher terido sido orientada a procurar a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) para registrar o ocorrido.

Após o registro, o menino foi encaminhado para a realização de um exame de corpo de delito para a constatação do crime de abuso sexual. O resultado do exame, de acordo com a mãe, saiu nesta segunda-feira, 16 de outubro, confirmando o estupro. No mesmo dia, a criança teria sido ouvida na unidade especializada em proteção à criança por psicólogas, por cerca de três horas. Nesta quarta-feira, 18 de outubro, o menino passou por exames que podem comprovar a existência de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis).

Segundo a mãe da vítima citada no áudio, na terça-feira, 17 de outubro, o suspeito foi até sua casa e, em legítima defesa, precisou agredir o homem. A Polícia Militar foi acionada, mas o suspeito não foi levado preso. Depois da visita do suspeito, a mulher conta que outras pessoas foram até sua casa para fazer ameaças. Por medo, mãe e filho decidiram fugir do residencial e clamam por Justiça. “Estou escondida, por medo, meu filho não está indo a escola. Quero Justiça, pois muitas mães ainda nem sabem”, disse. Midiamax

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