Em acordo costurado na tarde desta terça-feira (25) com a Assembleia Legislativa e a PGE (Procuradoria-Geral do Estado), a JBS ofereceu como garantia cinco áreas em Campo Grande, avaliadas em R$ 756 milhões. Os imóveis servem para assegurar o pagamento de valores devidos pelo grupo ao governo estadual, que ainda serão apurados. O documento seguiu para homologação judicial.
A assessoria do deputado Paulo Corrêa (PR), presidente da CPI que investiga as irregularidades da JBS, detalhou que as cinco áreas são as duas unidades frigoríficas da Capital e três terrenos nas imediações do aeroporto. No total, são 391 hectares. Com isso, será pedido o desbloqueio dos R$ 730 milhões em bens.
A expectativa da CPI é que o juiz Alexandre Antunes da Silva, o mesmo que determinou o bloqueio de R$ 730 milhões (10% ou R$ 73 milhões em espécie e o restante em ben simóveis) da empresa, homologue o acordo até a manhã desta quarta-feira (dia 25).
Ainda ficou acordado que a JBS não reduza o quadro de funcionários (cerca de 15 mil ao todo) nem as compras de gado dos produtores de Mato Grosso do Sul. Além de manter as operações de abates e o número de trabalhadores, a empresa não deverá parar nenhum de seus empreendimentos no Estado.
Participaram da reunião da tarde de hoje os deputados Paulo Corrêa, Junior Mochi (PMDB), Eduardo Rocha (PMDB) e Pedro Kemp (PT), o assessor jurídico Luiz Henrique Volpe Camargo e assessores da CPI.
Quatro meses – Depois de homologado o acordo, a JBS terá até 120 dias para concluir auditoria, que apura o valor a ser pago a Mato Grosso do Sul. A informação foi dada ontem (23) pelo presidente da Assembleia, o deputado Júnior Mochi (PMDB).
O montante é relativo ao que empresa deixou de investir em contrapartida aos benefícios fiscais que recebeu ao longo do tempo.
O pagamento poderá ser parcelado, ainda de acordo com o deputado com o presidente da Assembleia. Campo Grande News