A JBS afirmou que vai retomar as atividades nas sete unidades, manter os empregos dos 15 mil funcionários e ressarcir o Governo de Mato Grosso do Sul. Este foi o resultado da reunião entre o chefe do Executivo estadual, Reinaldo Azambuja (PSDB), com o presidente nacional da Divisão de Carnes da JBS, Renato Costa, nesta quinta-feira, dia 20.
Conforme o representante da empresa, o abate nos sete frigoríficos – que está atualmente paralisado – será retomado na terça-feira, dia 24. A data foi definida para que a empresa consiga se organizar e planejar as escalas de trabalho a tempo.
O trabalho dos 15 mil funcionários também será mantido, assim como os investimentos que a indústria aplica em Mato Grosso do Sul e a compra de boi de produtores locais. Ao todo, são nove frigoríficos no Estado, dos quais sete operam.
Em contrapartida, o Executivo vai tentar desbloquear parte dos R$ 730 milhões retidos pela Justiça. A situação é justamente o motivo que gerou uma série de consequência, incluindo a suspensão das atividades.
Todos os termos discutidos serão levados à Justiça, segundo o governador. De acordo com os integrantes da reunião, a JBS se comprometeu a ressarcir valores a título de pagamento do que deixou de investir em contrapartida ao benefício que recebeu do governo.
Contudo, a verba ainda será definida por ambas as partes. A expectativa é que na segunda-feira, dia 23, o governo se reúna com seu setor jurídico para elaborar uma minuta com os pontos acordados hoje, para que seja levada ao Poder Judiciário.
A situação de hoje ocorre porque a empresa, após ter R$ 730 milhões bloqueados, a pedido da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga incentivos fiscais do Estado, suspendeu – desde terça-feira – o abate nas unidades que mantém em MS.
Em reação, os funcionários iniciaram protestos na Assembleia temendo desemprego e falta de pagamento de salário. Campo Grande News