A mortalidade entre crianças indígenas de até cinco anos de idade cresceu 18,5% no país e os suicídios entre índios de todas as idades aumentaram 18% na comparação entre 2015 e 2016. Os dados integram o relatório anual de violência contra os povos indígenas divulgado nesta quinta-feira (5) em Brasília pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário), vinculado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
De acordo com o relatório, o número de assassinatos aumentou de 54, em 2015, para 56 no ano passado. No Maranhão, o número passou de três para 11 casos. No Mato Grosso do Sul, houve 15 assassinatos. Em junho do ano passado, um grupo paramilitar atacou guaranis acampados em Caarapó (MS), matando um índio, Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza, e ferindo outros seis, incluindo uma criança de 12 anos.
Ao longo do ano passado, 106 indígenas tiraram a própria vida, com crescimento expressivo na região do Alto Rio Solimões, que saiu de 13 casos, em 2015, para 30 no ano de 2016. Recente pesquisa do Ministério da Saúde apontou que a taxa de suicídio entre indígenas no período 2011-2015, de 15,2 para cada grupo de 100 mil habitantes, é quase o triplo da taxa registrada entre os não indígenas, de 5,9/100 mil. CNBB