MS está entre os 5 Estados que terão força para sair da crise até 2021

soja

Em MS, produtores já negociaram 40% da safra 2020/2021. (Imagem: Agência Brasil)

Levantamente feito pela Tendência Consultoria Integrada aponta que Mato Grosso do Sul é um dos 5 Estados brasileiros que terá “fôlego” para vencer a crise decorrente da pandemia: ao lado do Pará, do Mato Grosso, do Rio de Janeiro e de Goiás, MS deve encerrar o ano de 2021 com PIB (Produto Interno Bruto) acima do nível pré-pandemia (2019), devido aos commodities agrícolas e minerais.

O restante, de acordo com o levantamento, precisará de um impulso maior para recuperar os estragos provocados pela covid-19 na sua economia.

A pandemia pegou os Estados brasileiros num movimento de lenta recuperação, especialmente por causa da grave crise fiscal enfrentada pela maioria, com despesas de pessoal elevadas e arrecadação fiscal ainda baixa. No começo deste ano, a expectativa era de que, apesar do crescimento previsto para 2020, apenas metade deles retomaria o nível pré-crise de 2013 e 2014.

A situação, que já era ruim, ficou pior com a pandemia. A recuperação deve continuar em ritmo lento, já que 2020 está praticamente perdido. “A atividade econômica do ano que vem dependerá de uma série de condicionantes, como a própria evolução da pandemia e o reflexo de questões políticas na agenda econômica, com destaque para a questão fiscal”, diz o economista da Tendências Lucas Assis.

Nesse cenário, os poucos que vão se sobressair têm motivos de sobra para comemorar. Mato Grosso do Sul deve ser o Estado mais resiliente no biênio 2020-2021 e deverá exceder em 2,7% o PIB de 2019. O desempenho será reflexo do avanço da produção agropecuária e da produção industrial. “Com localização privilegiada, próxima de São Paulo, a indústria de celulose do Estado deve ser favorecida pela expectativa de ampliação da demanda asiática por papel tissue, pela tendência estrutural de substituição do plástico por produtos de papel e pelo câmbio brasileiro desvalorizado”, explica Assis.

Segundo ele, Mato Grosso e Goiás também serão beneficiados pela estrutura produtiva da região, pouco sensível à dinâmica nacional. O que deve puxar para baixo o resultado do Centro-Oeste é o desempenho do Distrito Federal, muito dependente dos serviços públicos. De acordo com o relatório, a capital federal (e adjacências) pode ser prejudicada pelo fato de a população local ser, notadamente, formada por migrantes de todas as regiões brasileiras. Com a transformação digital do trabalho, promovida pela pandemia, muitos puderam retornar aos seus Estados de origem.

No Pará, outro Estado que deve superar o PIB de 2019, o desempenho será influenciado sobretudo pela normalização da produção de alumínio e pela expansão da produção de minério de ferro no Sistema Norte da Vale, composto pelas minas de Carajás e S11D. O quinto Estado a recuperar as perdas deste ano será o Rio de Janeiro, com o avanço esperado da produção de petróleo e gás natural. A atividade será impulsionada pelo crescimento das operação das plataformas inauguradas na Bacia de Campos, em 2019, e pela previsão de entrada em operação da nova unidade P-70. Midiamax

Compartilhe:
Posted in Noticias and tagged .