Campanha ajuda indígenas a sobreviverem às chuvas que levaram “tudo” que tinham

Kurussu Ambá (Divulgação/Cimi)

Arrasado pelo ‘temporal’ que atravessou o estado na última semana, o tekoha (lugar sagrado), Kurussu Ambá, em Coronel Sapucaia, a 400 km de Campo Grande, viveu piora na garantia dos direitos humanos. O território já foi reconhecido perante a Funai (Fundação Nacional do Índio) e MPF (Ministério Público Federal) como TI (Terra Indígena) dos Guaranis e Kaiowás e Guaranis Nhandevas, mas choca ‘autoridades’ do Brasil e do mundo pela situação degradante de fome. Agora, uma nova campanha de arrecadação tenta reverter esse cenário.

Ativistas de Dourados e da Capital pedem ajuda para levar lonas, telhado de amianto e alimentos à cerca de 30 famílias que perderam tudo depois que as chuvas e vendavais passaram pela região. A área indígena ainda não foi demarcada, mas é um dos territórios alvo de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado entre a Funai e o MPF em 2007, e acumula anos de atraso na continuação do processo demarcatório.

Situação de emergência – Militante do movimento de mulheres em Dourados, Manuela Nicodemos explica que o tekoha é formado por três acampamentos. As chuvas, contou, levaram o pouco que os indígenas possuíam para permanecerem na terra ocupada. À reportagem, Manuela chamou a campanha de emergencial.

“Eles vivem em uma área de retomada [ocupação sem homologação da terra]. Está sem estrutura porque quando eles ocupam uma determinada terra fica mais suscetível à uma série de vulnerabilidades. No sábado (21) à noite teve um temporal, e recebi um ligação contando que precisavam de ajuda urgente, porque todas as casas ficaram destelhadas”.

Os acampamentos atingidos foram o 2 e o 3, conforme explicou. O acampamento 1 e o 2 foram considerados de posse indígena plena, pelo STF (Supremo Tribunal Federal), mas 4 lideranças indígenas já foram assassinadas em ataques. Campo Grande News

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